#7 - O que é caridade?
Caridade. Fazer o bem, pelo bem. Não olhar a quem. Amor sem vanglória. Dar a mão ao próximo. Ato de compaixão. Ausência de pretensão. Doação.
A caridade é algo que falta nos dias de hoje. Se vivemos em um mundo desigual, onde o rico cada vez fica mais rico e o pobre cada vez fica mais pobre, a caridade é um caminho possível para se ver a luz no fim do túnel.
Onde encontrar a verdadeira caridade? Somos de fato caridosos ao fazer o bem? Caminhemos juntos por estas e outras respostas.
A palavra caridade vem do grego caritas e é uma das várias formas de amor, como comentado anteriormente aqui. Portanto, quando alguém diz que caridade é amor, diz mais do que certo! Porém, esta é uma forma de amor um pouco diferenciada.
Além de virtude humana, a caridade é também uma virtude teologal da Igreja Católica. O que isso quer dizer? Que esta é uma virtude que nos liga diretamente a Deus. Como? Através da ligação direta com o irmão.
Pregar o amor e o respeito sem praticar a caridade não passa de mero discurso e moralismo.
E falando sobre prática, vale lembrar que caridade não é um evento marcado em cores coloridas em seu calendário.
É comum associar a caridade com o vestir-se de Papai Noel e distribuir presentes para as crianças pobres no dia do Natal. Mas a caridade não é só isso. É muito mais do que isso. É um exercício que se realiza sempre que possível. E sempre é possível.
A imagem que enviei para meus amigos questionando sobre o que é caridade traz uma charge onde o ato de dar esmola torna-se um artifício de autopromoção. É claro, todos concordaram que isso não é caridade, afinal uma das principais características da caridade é a ausência de recompensa material. Mas será que dar esmola significa ser caridoso de fato?
Talvez, pode ser. Não digo sim, e também não digo não. Já que esta é uma virtude que nos liga diretamente a Deus, tudo depende da forma como está sua relação com o Pai. Afinal, se estamos falando de ausência de recompensa material, fazer o bem como uma forma de escambo com Deus é jogar sujo.
Ao realizar um ato de ajuda ao próximo, se questione: estaria eu fazendo isso para receber uma graça? Se a resposta não for satisfatória para você, continue pensando. Continue também realizando estes atos, mas faça-os descompromissadamente.
Só é livre quem se pertence.
Falar de caridade e não falar de Madre Teresa de Calcutá é como fazer uma festa surpresa e não chamar o aniversariante. Não existe exemplo mais simples e próximo de nós do que o testemunho desta mulher.
Ela costumava dizer que o ser humano precisa mais de apreciação do que de pão. Isso não quer dizer que ela deixou de levar o pão aos pobres que beneficiava. Mas muito mais do que isso, ela levou seu coração e respeitou cada um deles como pessoa, dotada de emoções e sentimentos.
Com a franzina mulher de Calcutá, aprendemos que ser caridoso é antes de tudo ser humano.
Que possamos exercitar cada vez mais este contato com o Pai através do irmão.