sábado, 3 de janeiro de 2015

Ágape e outros tipos de amor

Não, este não é um post sobre o livro do Pe. Marcelo Rossi. O livro é maravilhoso inclusive, mas quero mais uma vez falar sobre amor, porém de uma forma diferente. Me interesso muito pelo assunto. Principalmente por ver a quantidade de pessoas que não sabem de fato o que significa amar e ser amado. Que desconhecem que Deus é o próprio Amor. E para isso, voltarei um pouco na história emprestando alguns saberes da Filosofia para entender os tipos de amor. Mas peraí? Existem outros tipos de amor? Amor não é amor, e pronto?

Sabe de nada, inocente! Sim, existem vários tipos de amor. Storge, pragma e ludus são alguns exemplos que encontramos na Psicologia e que podemos comentar em um outro momento. Mas hoje, vou me concentrar em três formas de amor, assim como faziam os gregos, antes mesmo do nascimento de Jesus: eros, philia e ágape.


Eros, o amor romântico, o amor de Platão. O cupido da mitologia grega, que flexa os corações dos homens. Platão considerava amor como um desejo. E só desejamos aquilo que não temos, não é mesmo? Logo, só amo aquilo que não tenho. E quando passo a ter, não amo mais.

Esta é uma forma muito dura de amor, não é mesmo? Bastante materialista e egoísta, eu diria. Uma forma de amor presa ao próprio umbigo. Mas em quantos momentos não agimos desta forma? Nos reduzimos a nós mesmos e buscamos somente o nosso prazer individual. É importante ter amor próprio, mas não podemos confundir isso com vaidade. Amor é bem mais que isso.

Já falamos um pouco sobre isso quando falamos de amor e vaidade, vale a pena conferir! Mas vamos seguir em frente...


Philia, o amor fraterno, o amor de Aristóteles. Muitas vezes, traduzimos este amor como amizade. Para Aristóteles, o amor é a alegria do encontro. Quem tem um bom amigo sabe do que estou falando. Nada melhor que estar junto de pessoas que nos fazem felizes! Mas para onde nossos amigos nos levam? Caminham juntos, ok, mas para onde?

Quando falamos em philia, falamos em amor mútuo. Amor com o outro. E comparado a eros, podemos dizer que é uma forma bem mais "sofisticada" de amar. O que isso quer dizer? Que não é tão fácil. Não soa com tanta naturalidade em nós. Exige esforço e reflexão. Exige também um pouco de doação. Amor se torna um exercício, um verbo, uma ação. Amor deve se tornar um hábito. E se precisamos aprender a amar, contamos com um professor que dispensa apresentações.


Ágape, o amor incondicional, o amor de Cristo. O amor é doação. Amar ao próximo, independente de quem seja. Inclusive quando este próximo é completamente diferente de mim. Será possível alcançar tamanho amor? Longe de Deus, é impossível!

Somente Ele é capaz de não colocar qualquer condição para amar. Hoje, tenho consciência de que o melhor amor que posso oferecer não chega nem perto do amor de Deus por mim e pelos outros. Tudo o que posso fazer é aprender olhando como Jesus amou as pessoas e tentar chegar o mais próximo possível. Doando um pouco do meu tempo terreno para os planos celestiais de Deus. E sendo instrumento de sua paz.

E assim devemos seguir, aprendendo com o Ágape como sermos cristãos e pessoas cada vez melhores.

Para mim. Para você. E para os outros.




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