segunda-feira, 5 de setembro de 2016

O sorriso

Foi esta frase de Madre Teresa de Calcutá, agora Santa Teresa de Calcutá, que me inspirou a refletir e escrever este texto. Que resposta genial pra diferença! Quando um repórter um pouco descrente com as atitudes ousadas da santa fez uma pergunta sobre a diferença da língua, ela não titubeou. Era certa de sua missão.

Mas quando parei para pensar, percebi que grande parte da genialidade desta resposta reside em uma certeza: existem momentos de nossas vidas onde não é fácil sorrir.

Como tem sido hoje para você? Quantos sorrisos você tem oferecido ao mundo?
Chega a parecer irônico que a mesma Madre Teresa, a santa do sorriso, seja também a santa da escuridão. E isso não foi invenção de ninguém, foi ela própria quem disse, em promessa a suas irmãs de comunidade.

“Se um dia serei santa – serei com certeza a santa da escuridão. Serei sempre ausente no Paraíso para acender as luzes a todos que estão vivendo na terra submergidos pela escuridão”.

Logo percebemos que ela conhecia o sorriso e a escuridão de forma íntima. "Uau, que confusão", eu pensei. Por que a gente vive hoje em um mundo que estar feliz o tempo todo é obrigatório. Às vezes parecemos forçar alegria, fazer de conta que está tudo bem pra evitar a angústia. Escuridão passa longe! Como então entender o que a santa de Calcutá está tentando nos dizer?
Ao chegar na Índia, sentir o chamado de Jesus e ir de encontro aos pobres, Santa Teresa encontrou pobreza e escuridão. E foi ali que percebeu que seu sorriso trazia a luz que aquele povo necessitava.

Quando um dia São Francisco de Assis citou a frase acima, falava também sobre isso. Francisco também esteve entre os pobres e viveu vocação semelhante. E aí você pode se sentir seduzido em pensar: "e eu, que não sou santo?"

Se você não tem contato diário com pessoas em estado de pobreza social como eles, pode estar perto de pessoas em pobreza espiritual. Pessoas que por alguma razão se encontram sem esperança, perderam a confiança em Deus ou se sentem iludidas.
Não perca a chance de experimentar, ao menos por um momento, o sabor da santidade: sorria!! Dentro de pouco tempo, as pessoas ao seu redor irão perceber que teu sorriso não é fingido ou descartável, pois a alegria de quem conhece Jesus é especial. E com as portas do coração abertas, Cristo vem e faz morada.

Francisco de Assis e Teresa de Calcutá nos ensinam uma fé imperativa, que não vacila diante das dificuldades que a vida nos apresenta. Hoje eles podem interceder por nós, então não tenha dúvida, reze!

Não é preciso ser um intelectual para viver o Evangelho. Deus fala através de uma outra linguagem: o sorrir!