#4 - Por que devemos ter amor próprio?
Amor próprio. É inegável que devemos nos amar. Afinal, somos a prova viva do amor de Deus por nós, que nos fez Sua imagem e semelhança. Mas é também inegável que o egoísmo e a vaidade são grandes obstáculos no caminho de amar a si mesmo. Então, como não cair na tentação de se tornar o centro do mundo? Nasci sabendo ou devo aprender a me amar? Jesus se amou? Venha, pois hoje é dia de resgatar o brilho no olhar.
Convidei meus amigos a pensarem sobre o amor próprio por um motivo simples. Diante da situação de incerteza política e falta de crença no futuro onde vivemos, acredito que o começo de qualquer mudança está em cada um de nós. Se acreditamos que não é possível amar o próximo sem nos amarmos primeiro, dar um passo além significa amar-se de verdade, sem medo de cair na armadilha do egoísmo.
Vamos então entender o que é o egoísmo. A começar pela própria palavra, onde além do "ego-", o eu mesmo, temos o "-ismo", que pode representar uma forma de religião (catolicismo), uma ideologia (anarquismo), um sistema político (capitalismo) ou mesmo uma doença (alcoolismo). E aqui entendemos tudo o que o egoísmo pode vir a ser.
- Religião do eu: somos o próprio Deus, onipresente, onipotente, tudo sei, tudo sou. Nada tenho a aprender com você, afinal, sou tudo que há de melhor. O que há de melhor a fazer por mim é me idolatrar;
- Ideologia do eu: não importa o que seja, no final, tudo se volta para mim.
- Política do eu: a situação do meu vizinho pouco me importa, afinal cada um tem o que merece. O problema é do prefeito, do governador, do presidente, e não meu.
Cada um desses pensamentos acabam por se tornar uma "doença do eu", pela incapacidade de ver além do próprio umbigo. E não há dúvidas que isso é tudo que Deus não espera de nós.
O amor ágape de Deus é um amor sempre voltado para o bem do próximo. E quando o próximo mais próximo somos nós mesmos, isso ganha um novo sentido. É impossível dar aquilo que não temos, portanto, viver o amor de Deus dentro de nós é tarefa obrigatória pra quem pretende amar o irmão.
Somos convidados diariamente a cultuar o próprio corpo, tornarmos verdadeiras máquinas. Mas tudo o que Deus espera de nós é que nos reconheçamos como sacrário vivo do seu amor. Quando pudermos vê-Lo dentro de nós, estaremos aptos para refletí-Lo a cada um que por nós passar. E isso é um processo, que dia após dia vai nos aproximando do Pai.
E aqui chego ao brilho no olhar, citado no início. Na minha opinião, a característica principal de quem se ama é este brilho no olhar. Brilho este que muitas vezes fogem do nosso entendimento. Quem nunca conheceu alguém com esse brilho?
Eu conheci Jesus.
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