Aplauso. Aclamação acalorada. Expressão digna de merecimento. Louvor. Entusiamo. Calor. Euforia. Vivemos na era do aplauso. Já parou para pensar nisso? Quantas pessoas você já aplaudiu hoje? Quantas vezes foi aplaudido na última semana? Nenhuma? Calma aí, pense mais um pouco...
O texto de hoje vem refletir um pouco como andamos trocando aplausos ultimamente, o quanto isso interfere em cada um de nós e na nossa fé.
Os tempos em que Pica-Pau foi sucesso eram outros. Naqueles tempos era fato raro receber aplauso, a ponto de necessitarmos de uma placa para sabermos do que se tratava, como na imagem acima. Apesar disso, isso não significava um menor valor ao ato de aplaudir. Muito pelo contrário. Afinal, ali o valor maior era atribuído ao evento, e não ao simples aplaudir.
Mas o tempo passou. E com ele, vieram a internet, as redes sociais, os smartphones. Um privilégio. E aí o tempo passou mais um pouco, e toda essa tecnologia se tornou acessível a todos. Mas houve uma falha no percurso. O tempo esqueceu de trazer consigo o manual de instruções.
Fazemos de nossas redes sociais um querido diário. Quem nunca? Afinal, estamos em contato com tanta gente ao mesmo tempo, nada mais justo que "dar as caras". Ninguém gosta de ser perguntado por "você sumiu hein?" ou coisas do tipo. Queremos ser presentes. Queremos estar presentes. E assim, postamos. E postamos. Em recompensa por sua grata preocupação, seus amigos lhe encherão de belos elogios e afeto pasteurizado.
Mas aí depois do quarto prato de comida postado, percebemos que coisas do gênero não fazem tanto sucesso. E queremos nos manter por cima. Para alguns, a qualquer custo. Eis aí o que chamo de era do aplauso.
O problema não está no uso das redes sociais. Eu, inclusive, uso algumas delas. Mas o problema está para onde tudo isso pode nos levar. Corremos o risco de fazer disso uma moeda de troca, simplesmente. Indiferenciar o que é essencial do que não é. Colocamos a porção de camarão, a situação política de nosso país e a graduação em uma faculdade no mesmo balaio. E não sabemos mais o que é digno de aplausos de fato.
Ok, mas ainda falta algo. O que nossa fé tem a ver com isso? Tudo! Afinal, será que nossa experiência de vida com Deus está jogada dentro desse mesmo balaio? Ou damos a ela a importância e o valor devido?
Está aí uma dúvida importante. E responder a ela depende de cada um, pois quando falamos de fé, falamos de uma experiência bem pessoal. Fica aqui o convite para a reflexão.
Quando chegar em alguma resposta, me chame pra um café. Com um pouco de papo e um tanto mais de oração, podemos chegar juntos a uma resposta!
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