Nada faz tanta parte da vida do cristão quanto as provações. Basta fazer a escolha por seguir o caminho de Cristo e os acontecimentos da vida ganham novos contornos. Ao mesmo tempo que vemos a graça de Deus diante de nossos olhos, não faltam situações que nos convidem para a queda.
Como lidar com as provações? Provação e tentação são a mesma coisa? Se o Amor de Deus é infinito, porque Ele permite que eu passe por tudo isso? Vamos caminhar juntos. E desta, te convido a uma caminhada no deserto.
O deserto era um dos símbolos favoritos daqueles que escreveram a Bíblia que lemos. E não a toa, afinal a ideia de um local inóspito onde tudo parece fugir de nosso alcance é bem compreendida por todos. Inclusive aqueles que nunca tiveram um encontro com Cristo.
A diferença entre estes e nós é a fé em um final feliz, que reside na confiança e na certeza de que há um Pai que nos espera de braços abertos. Essa certeza é libertadora, sem dúvida, mas não nos liberta das provações. Por quê?
Pra começo de conversa, é importante diferenciar tentação e provação. Pois eles não são a mesma coisa, embora muitas vezes pareça.
A tentação tem como único objetivo a nossa queda, afastar-nos da graça de Deus. Como exemplo prático, temos a cobra do Paraíso em Gênesis 3, que tentou Eva a comer a maçã e assim introduziu o pecado na história. São ações que tem como origem o inimigo.
A provação é diferente, pois ela nos proporciona a oportunidade de crescer na fé em Deus. Ela nos edifica de alguma forma. A partir do momento em que fazemos a escolha consciente por vencê-la, a misericórdia de Deus age em nós. E essa decisão é de extrema importância, pois o Amor do Pai não é intrometido e sempre respeita nosso livre arbítrio.
(fonte: blog.cancaonova.com)
Podemos por algum momento nos perguntar: "mas por que Deus permite tudo isso?". Esse questionamento já bateu pra todo cristão, e entendê-lo é um passo importante. Aqui, recorro à Epístola de São Tiago, que nos ensina:
"Ninguém, quando for
tentado, diga: É Deus quem me tenta. Deus é inacessível ao mal e não tenta a
ninguém. Cada um é tentado pela sua própria concupiscência, que o atrai
e alicia. A concupiscência, depois de conceber, dá à luz o pecado; e o
pecado, uma vez consumado, gera a morte."
(Tg 1, 13-15)
Somos humanos, dotados de desejos. O equilíbrio das próprias vontades é parte essencial da vida do cristão. Sem isso, somos como a onda do mar, levantada pelo vento e agitada de um lado para o outro (Tg 1, 6).
Se o pecado nos aprisiona, vencê-lo produz a fé, a paciência e a sabedoria. Se a vida é feita de desafios e dividida entre sucessos e fracassos, que possamos fazer a escolha pela vitória em Cristo.
E para os momentos de sofrimento, quando o deserto da vida parecer um obstáculo intransponível, leia Tiago 1, 2-18. Foi este o texto que me deu a direção para este texto e para várias situações de minha vida. E o que é bom vem de Deus.
Obrigada Dani, perfeito!
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