#5 - Existe equilíbrio entre razão e emoção?
Razão e emoção. Duas forças igualmente poderosas. Duas potências de agir que nos provocam a cada momento, a cada importante decisão, ou até mesmo nas escolhas mais corriqueiras da vida.
A metáfora da imagem nos convida ao equilíbrio perfeito entre elas. Mas...será isso mesmo possível? Se alguém tem que ceder...quem seria? Onde o autoconhecimento e a espiritualidade interferem nesta disputa?
Vamos para mais um post interativo!!
Após uma breve pesquisa com alguns amigos sobre existir um lado vencedor, o resultado foi assustadoramente igual: houve empate! Alguns acreditam que a razão ganha, outros que a emoção leva, outros ainda que o equilíbrio seja possível e objeto do melhor desejo. Tudo isso nos leva a tomar algumas conclusões.
A primeira de todas é que, independente de qual lado esteja, qualquer um que fizer a escolha por um dos extremos terá a sensação de estar fadado ao fracasso. O que não é de todo verdade, mas também não é de todo mentira.
Tomemos como exemplo o "100% emoção". Acreditar que tudo o que existe ao seu redor é amor e paz não costuma ajudar a resolver os problemas que aparecem. Ao receber o pedido de um favor por parte de alguém a quem considera muito, dizer "não" pode se tornar um sacrifício intolerável. E a sensação de estar sendo sempre passado para trás pode fazer parte de seu cotidiano. Faz sentido?
Pensemos agora naquele que é "100% razão". Qualquer fato que não possa ser traduzido em números perde o sabor e o sentido. O controle obsessivo é a receita perfeita na tentativa de criar um mundo perfeito, que não existe. E como a raiva não cabe dentro de seu organograma fantástico, apelar para a razão torna-se demonstração de fraqueza. Ser um robô se torna obsessão e motivo de orgulho. Será mesmo?
O começo da resposta de nossa pergunta está a partir de dentro de cada um de nós. E desta vez, não falo do coração.
O cérebro, a máquina mais perfeita, aquela que nenhum homem foi capaz de criar. O cérebro, onde razão e emoção vivem juntos harmoniosamente. Ao lado esquerdo, o raciocínio lógico; ao lado direito, as paixões e amores. É preciso evidência maior de que devemos caminhar com os dois lados em harmonia?
E isso se torna possível quando mudamos nosso paradigma. Voltemos a metáfora do equilibrista.
Quando falamos de equilíbrio, pressupomos algo estático. É como se a razão e a emoção fossem forças constantes, iguais a todo momento. Mas todos nós sabemos que as coisas não funcionam assim. Há momentos onde um sobe e outro desce, e vice-versa, e vice-versa, e vice-versa...
Isso acontece por uma razão simples: a vida é dinâmica. E quando buscamos de alguma forma que estas forças que estão em constante movimento estejam de alguma forma se relacionando bem uma com a outra, falamos de equilibração, e não de equilíbrio. O processo é constante. É preciso estar o tempo todo ligado, senão...um abraço.
E quando pensamos em nossa relação com as coisas do céu? Um equilíbrio dinâmico de nossas escolhas e sentimentos nos ajudam a ter uma conexão maior com Deus? Certamente! Afinal, não faltam momentos onde tudo pede um pouco mais de calma, inclusive para termos condições de entrar em contato com Deus.
O Espírito Santo age naqueles que se mostram em equilíbrio entre corpo, alma e coração. E se não existe fórmula que nos leve a alcançar este estado de graça num piscar de olhos, a vida de oração pedindo ao Espírito, em prece, por sabedoria e serenidade, nos mostram uma luz segura a seguir.
Pedi, e vos será concedido. (Mateus 7,7)
Espero de todo o coração que você possa ter sucesso nessa empreitada. Fácil? Não, nada que realmente valha a pena é fácil. Mas aqui lhe faço um convite. Eu vou tentar. E na graça de Deus, conseguir.
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